21 de abril de 2021
Entregas de máquinas agrícolas e rodoviárias registraram mais um mês de declínio e devem frustrar a projeção da Anfavea de vendas de 46 mil unidades em 2019. Em novembro, o mercado absorveu 3,3 mil unidades, queda de 11,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando anotou 4,2 mil unidades negociadas.
No acumulado do ano, as vendas alcançaram 40,4 mil máquinas vendidas, volume 6,8% menor do que o registrado um ano antes, de 43,3 mil unidades.
De acordo com o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto, os fundamentos agrícolas são positivos, como preços de commodities em alta, o dólar que favorece as exportações, a maior demanda da China e nenhuma questão climática adversa.
“Falta de previsibilidade para o produtor para fazer investimento”, observa Migue Neto. “Não se sabe o que ocorrerá com o crédito a partir de fevereiro quando a linha Moderfrota será inexistente, pelo menos para médio produtor. De uma maneira geral, hoje, as linhas de financiamento não têm taxas atrativas. O produtor está inseguro, pois se aguarda complemento orçamentário para o Moderfrota ou espera o novo Plano Safra.
Menos dependente da Argentina, diferentemente dos veículos em geral, as exportações de máquinas registram resultados positivos. Em novembro, os mercados externos absorveram 1,1 mil unidades, alta de 5,2% com relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, os negócios experimentaram leve crescimento de 1,1%, para 11,9 mil unidades.
Apesar das exportações em alta, o mercado interno reduz fortemente o ritmo no chão de fábrica. No mês passado, saíram das linhas de montagem 4,3 mil máquinas, queda de 32,4% na comparação com novembro, quando a produção chegou a 6,4 mil unidades.
No ano até novembro, a indústria do segmento produziu 50,8 mil unidades, volume 15,4% inferior ao anotado um ano antes, de 60,1 mil máquinas.
FONTE AUTO INDUSTRIA
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