4 de setembro de 2025
O setor de reforma de pneus é, historicamente, um grande consumidor de energia elétrica. Linhas de produção que operam com autoclaves, prensas, sistemas de aquecimento e climatização demandam alto consumo energético, o que coloca a conta de luz entre os principais custos fixos das empresas do segmento. Nesse cenário, a abertura do mercado livre de energia surge como uma alternativa altamente estratégica, permitindo maior previsibilidade de custos, economia e competitividade.
No Brasil, o setor elétrico é dividido em dois ambientes: o regulado e o livre.
Mercado regulado (cativo): o consumidor compra energia exclusivamente da distribuidora local, pagando tarifas definidas pela ANEEL.
Mercado livre de energia: o consumidor pode escolher de quem comprar sua energia, negociando preços, prazos e condições diretamente com geradores ou comercializadoras.
Para o segmento industrial – como o de reforma de pneus – essa liberdade de escolha é uma vantagem significativa, pois abre espaço para contratos mais adequados ao perfil de consumo da planta produtiva.
Para ingressar no mercado livre, a empresa deve migrar seu contrato de fornecimento, atendendo a requisitos mínimos de demanda contratada (hoje, 500 kW). Muitas reformadoras de médio e grande porte já se enquadram nesse perfil. O processo envolve:
Análise do perfil de consumo: levantamento da demanda, horários de pico e sazonalidade.
Contratação de energia: negociação com comercializadoras ou geradores, podendo optar por fontes renováveis (solar, eólica, biomassa) ou convencionais.
Adequação técnica: ajustes na medição e contratos junto à distribuidora local.
Gestão contínua: acompanhamento de mercado e eventual renegociação de contratos.
Redução de custos: dependendo do perfil de consumo, as economias podem variar entre 20% e 35% da fatura mensal.
Previsibilidade: contratos de médio e longo prazo permitem melhor planejamento financeiro.
Sustentabilidade: possibilidade de contratar energia de fontes limpas, alinhando-se às metas ESG e à imagem de indústria verde, algo já valorizado no setor de reforma.
Competitividade: redução de custos fixos amplia a margem de lucro e fortalece a empresa em um mercado de margens apertadas.
Gestão estratégica: flexibilidade para negociar volumes e prazos que se ajustem ao ritmo da produção.
Empresas do segmento já vêm analisando a migração como forma de proteger-se da volatilidade tarifária e fortalecer sua competitividade. Afinal, a reforma de pneus é uma atividade diretamente ligada à economia circular e à redução de impactos ambientais, e a adoção de energia renovável contratada no mercado livre reforça ainda mais esse posicionamento sustentável.
Com a abertura total do mercado livre prevista para 2028, todas as empresas poderão escolher seu fornecedor de energia, independentemente da demanda. Isso representa um marco para o setor de reforma de pneus, pois democratiza o acesso às vantagens e estimula a modernização da gestão energética.
Em resumo: a migração para o mercado livre de energia é uma oportunidade real de redução de custos, previsibilidade e reforço à sustentabilidade no setor de reforma de pneus – elementos fundamentais para quem deseja manter a competitividade em um mercado cada vez mais exigente.
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é destaque em encontro que discutirá, no dia 23 de outubro, políticas públicas, financiamento verde e soluções tecnológicas
Em 12 meses, indicador é positivo em 3,2%
Apesar do avanço, o resultado ainda permanece abaixo da linha de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança