8 de outubro de 2025
A recente elevação das tarifas de importação pelos Estados Unidos começa a afetar de forma ampla a indústria brasileira. Desde o início de agosto, produtos nacionais passaram a ser taxados em até 50%, medida que intensificou o pessimismo entre empresários e impactou o nível de confiança do setor, segundo a Sondagem da Indústria do FGV IBRE.
Quase 60% das empresas da indústria de transformação afirmam já ter sentido os efeitos das turbulências comerciais entre Brasil e EUA. Entre as grandes exportadoras, 73% relatam algum impacto direto — especialmente em segmentos como metalurgia, alimentos, veículos automotores, química e eletrônicos.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 4,4 pontos em agosto, registrando o pior resultado desde a pandemia. O estudo aponta que a queda na confiança e o aumento dos estoques estão relacionados não apenas ao tarifaço, mas também ao cenário de juros altos e demanda interna enfraquecida.
Para enfrentar o novo contexto, as empresas têm adotado medidas diversas: busca de novos mercados e parceiros comerciais, ajuste na produção, proteção cambial e até antecipação de férias coletivas. Entre os setores mais afetados estão os de bens intermediários, como aço, alumínio, resinas e soja, base para várias cadeias produtivas.
Embora as tarifas não expliquem sozinhas a desaceleração industrial, o aumento da incerteza econômica e das barreiras comerciais adiciona um novo desafio para a indústria brasileira — que segue buscando caminhos para preservar competitividade e estabilidade em meio a um cenário global cada vez mais instável.
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