10 de setembro de 2024
O Índice ABCR referente a agosto de 2024 caiu 0,4% no comparativo com julho, considerando a série dessazonalizada. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias juntamente com a Tendências Consultoria. Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o resultado foi fruto da queda de 0,4% tanto do índice de veículos leves quanto de veículos pesados. Comparado ao mesmo período do ano passado, o índice total avançou 3,9%, devido ao crescimento de 4,3% de leves e 3,0% de veículos pesados.
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula crescimento de 4,6%, fruto do aumento de 4,3% de veículos leves e 5,5% de pesados.
“Para os veículos leves, o desempenho negativo de agosto deve ser contextualizado, considerando que o índice vinha de quatro meses consecutivos de crescimento, período em que sucessivamente renovou as máximas históricas. Assim, vale monitorar os próximos resultados a fim de avaliar se, de fato, os sinais são de perda de dinamismo ou movimentos mais erráticos, ainda que se preserve uma tendência positiva. Do ponto de vista econômico, há fatores que tendem a limitar o tráfego de veículos leves, como o menor ritmo de aquecimento do mercado de trabalho, considerando os sinais iniciais de menor ritmo de crescimento da massa de renda das famílias. Além disso, o aumento das pressões inflacionárias e a piora das condições financeiras atuam como entraves adicionais para o consumo de serviços não essenciais pelas famílias, como viagens de lazer”, pontuam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves.
“O tráfego de pesados registrou o segundo mês consecutivo de retração. Esses resultados também precisam ser contextualizados à luz das dinâmicas positivas dos meses anteriores e monitorados nos próximos meses para avaliar os efeitos do quadro macroeconômico sobre esse índice. Quanto aos determinantes macroeconômicos, atuam fatores limitadores relevantes, como a menor taxa de crescimento esperada do consumo das famílias e o período sazonal de baixa da produção de importantes culturas agrícolas”, completam.
No Rio de Janeiro, Índice ABCR tem queda de 4,8% em agosto
No Rio de Janeiro, o fluxo total mostrou aumento de 4,2% comparado a junho na série dessazonalizada. O resultado decorreu da alta de 4,6% de leves e 2,4% de pesados.Na comparação com julho de 2023, o índice total registrou alta de 8,6%. O resultado foi determinado pela alta de 7,6% de leves e 13,7% de pesados, mantida a métrica de comparação anual. Nos últimos 12 meses, o índice total acumula crescimento de 3,9%, fruto do aumento de 3,4% de veículos leves e 6,2% de pesados.
Em São Paulo, Índice ABCR cai 0,4% em agosto
Em São Paulo, o fluxo pedagiado total de veículos registrou ligeira alta de 0,2% em julho na série livre de efeitos sazonais. Mantida a comparação dessazonalizada, o segmento de leves recuou 0,2% e pesados caiu 0,6%.Em relação ao mesmo período de 2023, o índice total aumentou 4,1%. O fluxo pedagiado de veículos leves cresceu 2,9% e veículos pesados mostrou alta de 8,4%. Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 4,9%, fruto do aumento de 4,6% de veículos leves e 6,0% de pesados.
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é destaque em encontro que discutirá, no dia 23 de outubro, políticas públicas, financiamento verde e soluções tecnológicas
Em 12 meses, indicador é positivo em 3,2%
Apesar do avanço, o resultado ainda permanece abaixo da linha de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança