15 de abril de 2025
O Índice ABCR referente a março de 2025 apresentou queda de 1,1% na comparação dessazonalizada com fevereiro. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias juntamente com a Tendências Consultoria. Mantida a comparação dessazonalizada, o resultado decorreu da queda de 2,2% de veículos leves contrastando com a alta de 0,2% de veículos pesados.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o índice total avançou 2,4%, devido ao crescimento de 2,2% de leves e 2,9% de pesados.
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 2,8%, fruto do aumento de 2,3% de veículos leves e 4,3% de pesados.
“O resultado de março se deveu exclusivamente à retração no fluxo de veículos leves, que mais do que devolveu o crescimento observado em fevereiro. Os dados reforçam a dinâmica errática do segmento no início de 2025, ainda que os níveis se mantenham aquecidos. Entre os vetores positivos, destacam-se as condições aquecidas do mercado de trabalho, com efeitos positivos sobre o consumo das famílias – embora já se percebam sinais de perda de fôlego. Por outro lado, atuam negativamente sobre o orçamento familiar as condições mais restritivas de crédito e as pressões inflacionárias”, comentam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves.
“O fluxo de veículos pesados, por sua vez, manteve-se relativamente estável nos últimos dois meses, mantendo o patamar mais elevado após o resultado de janeiro (3,4%). O desempenho reforça o cenário de menor ritmo de expansão da demanda de transporte de carga, em linha com o enfraquecimento observado no varejo e, especialmente, na indústria. Em contrapartida, a expansão da produção agrícola contribui positivamente, diante dos resultados da colheita de grãos – como soja e milho –, e deve movimentar de forma mais substancial o transporte de carga nos próximos meses”, completam.
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é destaque em encontro que discutirá, no dia 23 de outubro, políticas públicas, financiamento verde e soluções tecnológicas
Em 12 meses, indicador é positivo em 3,2%
Apesar do avanço, o resultado ainda permanece abaixo da linha de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança