25 de setembro de 2025
O setor de pneumáticos recebeu com frustração a decisão do Governo Federal de vetar o aumento da tarifa de importação para pneus vindos de fora do Mercosul. A medida havia sido pleiteada pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) e também defendida pela ABR, em razão dos impactos diretos que a concorrência desleal dos importados causa na indústria nacional.
Desde outubro de 2024, a alíquota de importação para pneus importados está em 25%, ante os 16% anteriormente praticados. O pleito das entidades era de que a tarifa fosse elevada novamente, diante do crescimento da participação dos pneus estrangeiros no mercado brasileiro.
Apesar dos argumentos apresentados, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) optou por manter a tributação atual, em vigor há 12 meses.
Para o setor, a decisão representa um sinal de alerta: sem mecanismos adicionais de proteção, a indústria local segue em clara desvantagem competitiva frente a produtos de baixo custo. Além do impacto sobre empregos e investimentos, preocupa o avanço da entrada de pneus de baixa qualidade que não atendem aos padrões técnicos exigidos e não podem ser reformados, ampliando o passivo ambiental.
“Infelizmente, a decisão do governo mantém uma distorção que prejudica toda a cadeia. Os pneus de baixa qualidade chegam ao Brasil a preços muito baixos, inviabilizam a competitividade da indústria nacional e não podem ser reformados,” afirma Margareth Buzetti, presidente da ABR. “Se a alíquota não foi elevada, ao menos deveria haver uma fiscalização rigorosa para garantir que apenas pneus com qualidade compatível com os padrões brasileiros entrem no país,” acrescenta ela.
A ABR lamenta o veto e reforça a necessidade de fiscalização de qualidade, para que a indústria nacional não fique refém de produtos importados que comprometem a sustentabilidade e a segurança. A defesa de condições equilibradas para a indústria brasileira de pneumáticos e de reforma de pneus continua sendo um pilar essencial para a ABR.
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é destaque em encontro que discutirá, no dia 23 de outubro, políticas públicas, financiamento verde e soluções tecnológicas
Em 12 meses, indicador é positivo em 3,2%
Apesar do avanço, o resultado ainda permanece abaixo da linha de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança