31 de maio de 2021
O transporte rodoviário é o principal modal no Brasil. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), mais de 65% de toda a carga transportada no país utiliza este sistema. Por isso, os custos logísticos, relativamente altos, envolvidos nos processos afetam diretamente o setor de transporte rodoviário de cargas (TRC). Segundo o Plano de Transportes e Logística da CNT, os custos com a logística nesse modal representam 11,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
No entanto, o setor não é apenas o único a ser prejudicado, já que esta situação implica também no aumento do preço final das mercadorias, de modo que as empresas precisam estar bem gerenciadas. Gislaine Zorzin, diretora administrativa da Zorzin Logística, atua no setor de transporte há mais de 30 anos e percebe a necessidade em encontrar formas de driblar esses gastos.
“O setor trabalha com altos custos em suas operações, por isso é extremamente essencial que eles sejam controlados de maneira constante e precisa. Desse modo, percebo como os softwares de gestão são fundamentais nessas ações”, aponta Gislaine.
Ainda que determinadas tecnologias demandem grandes investimentos para as transportadoras, suas implantações continuam sendo altamente vantajosas. “Gerenciamento de custos é um fator-chave em qualquer negócio, e o uso de novas tecnologias tem se mostrado um aliado cada vez mais presente para atingirmos esse objetivo”, afirma a empresária.
Há uma série de custos que influenciam a gestão financeira do setor. Podem ser variáveis, isto é, são alterados conforme a quilometragem rodada, ou fixos, aqueles que não sofrem variação de acordo com a distância percorrida. Combustível, despesas relacionadas a segurança, equipamentos, pneus e mão de obra são os principais custos que exercem maior influência no cotidiano do setor.
Outros fatores logísticos também interferem nas operações dentro das transportadoras, observa Zorzin. “A demora no carregamento ou no recebimento de uma carga ou a forma como a armazenagem e o estoque são direcionados, por exemplo, geram consequências que podem aumentar o custo do transporte”, fala a empresária.
Algumas atividades podem auxiliar neste controle de gastos nas transportadoras, como adotar rotinas padronizadas, automatizar tarefas, conhecer a estratégia do cliente, adotar estratégias de armazenagem e distribuição das cargas e utilizar sistemas integrados.
Por isso, as empresas precisam estar sempre buscando soluções a fim de oferecer serviços cada vez melhores. “Como parceiros estratégicos, temos o objetivo de manter nossos custos muito bem controlados para não impactarmos nossos clientes, e consequentemente, a sociedade como um todo”, conclui Gislaine.
A avaliação é da CNT e faz parte do Boletim de Conjuntura Econômica de abril, divulgado nesta quarta-feira (17)
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