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5 de julho de 2022

Demanda de carrocerias sobre chassi registra alta de 11,05% em cinco meses

Resultado contrasta com o total do setor de implementos, que recuou 1,2% entre janeiro e maio

As vendas de carrocerias sobre chassi seguem em alta, mesmo com a leve queda do setor de implementos rodoviários.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o segmento leve registrou um crescimento de 11,05% em comparação ao mesmo período do ano passado, com 28,6 mil produtos emplacados ante 25,7 mil anotados há um ano.

No total do setor de implementos, que abrange o segmento leve e pesados (reboques e semirreboques), houve um recuso de 1,2% entre janeiro e maio. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Os fabricantes de carrocerias sobre chassi sentiram o aumento da demanda. A 4Trick Soluções Sobre Rodas, por exemplo, bateu dois recordes de produção seguidos. Em abril, foram 109 implementos entregues, superando a marca do mês anterior, com 103 unidades.

De janeiro a maio, a empresa produziu 410 unidades, alta de 58,3% em relação ao mesmo período de 2021.

No acumulado do ano passado, foram entregues 728 implementos, contra 611 em 2020. Já na parte de vendas, de janeiro a maio, a empresa registrou alta de 76% em relação ao mesmo período de 2021.

“Entre os mercados mais aquecidos estão as locadoras, e-commerce, transporte de produtos essenciais (alimentos e medicamentos), além de operações 100% limpas, com o foco na logística verde e ESG, pois as transportadoras estão incorporando veículos elétricos em suas frotas”, observa Osmar Oliveira, CEO da 4Truck.

De acordo com o CEO, 63% das entregas entre janeiro e maio foram para locadoras. Entre os principais clientes estão o grupo Ouro Verde, Vamos Locação, Unidas e LM Frotas, adquirida recentemente pela Volkswagen.

“O momento econômico do setor é favorável, pois as empresas entendem que a locação de frotas vale a pena, por conta dos custos e depreciação. Então migram o investimento em capital (capex) para a operação (opex) e, muitas vezes, vendem os seus veículos para as locadoras”, complementa.

FONTE: REVISTA MT