5 de dezembro de 2025
O mês de dezembro marca a mobilização nacional para conscientização sobre o HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Instituído pela Lei nº 13.504/2017, o Dezembro Vermelho reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado — pilares fundamentais para reduzir a transmissão e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV.
A data ganha relevância em um contexto no qual, apesar dos avanços da medicina e da ampliação do acesso a tratamentos, o Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à informação, estigma e testagem regular.
Nos últimos anos, o país ampliou a distribuição de medicamentos antirretrovirais, adotou estratégias de prevenção combinada e fortaleceu as políticas de acesso ao diagnóstico. O conceito de “indetectável = intransmissível” (I=I), reconhecido internacionalmente, também vem ganhando força no Brasil: quando a carga viral de uma pessoa vivendo com HIV permanece indetectável, ela não transmite o vírus.
Apesar disso, especialistas apontam que ainda há lacunas importantes na comunicação e na busca ativa de novos casos. A redução no número de testes realizados durante a pandemia, o aumento de diagnósticos tardios e a baixa adesão ao uso de preservativos entre jovens são fatores que preocupam autoridades de saúde.
A campanha de 2025 destaca a prevenção combinada, abordagem que integra diferentes estratégias e se adapta aos perfis e realidades de cada pessoa. Entre as principais ferramentas estão:
Testagem regular para HIV e outras ISTs;
Uso de preservativos masculinos e femininos;
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), indicada para populações com maior risco;
Profilaxia Pós-Exposição (PEP), em situações de emergência;
Tratamento para todas as pessoas diagnosticadas, sem restrições.
Essas ações, quando combinadas, reduzem de forma significativa novas infecções e ampliam a segurança em diferentes contextos.
Mesmo com avanços científicos e políticas públicas robustas, o preconceito contra pessoas que vivem com HIV continua sendo uma barreira crítica. A discriminação afeta a autoestima, dificulta a adesão ao tratamento e afasta muitos da busca por diagnóstico. Por isso, o Dezembro Vermelho também é uma campanha de educação e sensibilização social.
Organizações de saúde reforçam que o HIV hoje é uma condição crônica e tratável. Uma pessoa em tratamento adequado pode ter uma vida longa, saudável e plenamente ativa — inclusive com expectativa de vida semelhante à de alguém sem HIV.
Além das ações governamentais, empresas, escolas, associações e meios de comunicação desempenham papel essencial na disseminação de informações claras e baseadas em evidências. Campanhas internas, rodas de conversa, apoio a serviços de saúde e incentivo à testagem são exemplos de iniciativas que contribuem para ampliar o impacto do Dezembro Vermelho.
O Dezembro Vermelho é um convite à consciência coletiva. A prevenção é um cuidado que se faz no presente para proteger o futuro. Quanto mais pessoas forem alcançadas por informação de qualidade, menor será o impacto do HIV/Aids na sociedade brasileira.
A mensagem central permanece atual: prevenir é um ato de cuidado com você e com o outro — e o acesso à testagem e ao tratamento é um direito de todos.
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