18 de outubro de 2025




NOTÍCIAS - Especial



11 de julho de 2025

Tensões comerciais entre Brasil e EUA

Riscos e oportunidades para o setor de reforma de pneus


A proposta de novas tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos, com alíquotas de até 50% sobre produtos brasileiros, expôs uma vez mais a fragilidade das cadeias globais e os desafios que o Brasil enfrenta em um cenário de protecionismo crescente. Pneus não estão entre os itens diretamente atingidos, mas os efeitos indiretos sobre setores estratégicos, como o agronegócio e a indústria de base, devem ser observados com atenção pelo setor de reforma de pneus.

Os riscos que se desenham

Embora o setor de reforma esteja à margem da lista de taxações, os impactos econômicos indiretos podem ser significativos:

  • Redução da demanda do agronegócio
    O agro é um dos principais consumidores de pneus de carga no Brasil. Com o encarecimento das exportações para os EUA e possível queda de receita no setor, há risco de redução de investimentos em manutenção e renovação de frota, o que pode afetar negativamente o volume de pneus a serem reformados ou substituídos.
  • Alta nos custos de insumos industriais
    Tarifas sobre aço e alumínio — também utilizados na fabricação de carcaças, cintas e componentes de máquinas — podem elevar o custo de produção e manutenção de equipamentos usados nas reformadoras. Além disso, a pressão cambial e o encarecimento de itens importados usados em compostos de borracha podem impactar o custo operacional das empresas do setor.
  • Incerteza no mercado interno
    A instabilidade gerada pelas tensões comerciais pode frear investimentos e comprometer contratos com transportadoras, cooperativas e grandes grupos agrícolas, levando o setor a um período de retração ou estagnação.

 

Um cenário desafiador, mas com brechas para crescimento

Mesmo diante dos riscos, o contexto pode abrir espaço para a reforma de pneus ganhar protagonismo como alternativa estratégica, desde que o setor aja com inteligência e articulação institucional:

  • Busca por soluções mais econômicas
    A contenção de custos será inevitável em diversos segmentos. Pneus reformados, com desempenho compatível e preço até 60% menor, podem ser a escolha racional em frotas pressionadas.
  • Alinhamento com políticas ESG e economia circular
    A valorização de práticas sustentáveis e o endurecimento de normas ambientais em vários setores criam um ambiente favorável à reforma, que evita o descarte precoce e reduz a emissão de CO₂.
  • Potencial de reposicionamento estratégico
    Reformadoras estruturadas podem se apresentar como parceiras estratégicas para grandes players do agro e da logística, oferecendo pacotes de gestão de pneus que vão além da simples reforma, integrando rastreabilidade, desempenho e eficiência operacional.

O que o setor deve fazer agora

Diante de um cenário instável, o setor de reforma de pneus deve:

  • Acompanhar de perto os desdobramentos comerciais e políticos
  • Refinar seus argumentos junto ao poder público para defender políticas de incentivo à economia circular
  • Reforçar sua comunicação institucional, destacando ganhos econômicos e ambientais da reforma
  • Investir em qualidade, rastreabilidade e padronização, para competir com segurança em momentos de retração de mercado

O “tarifaço” dos EUA não atinge diretamente o setor de pneus, mas seus efeitos indiretos podem ser sentidos na base da cadeia produtiva e na capacidade de investimento de grandes consumidores. O momento exige cautela, adaptação e inteligência estratégica.

Mais do que nunca, o setor precisa mostrar sua força como parte da solução para um Brasil mais eficiente, sustentável e preparado para enfrentar instabilidades globais.

 



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