A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), principal cúpula da ONU para debate sobre questões climáticas, será realizada entre os dias 1 e 12 de novembro deste ano, em Glasgow, na Escócia.
Realização conjunta do governo britânico com parceiros da Itália, a COP-26 tinha seu cronograma originalmente previsto para novembro de 2020; porém, como mais um dos reflexos da pandemia, sua realização foi adiada e remarcada para este ano. No entanto, independentemente da data, o evento tem grande relevância para que as ações de transição energética mundiais sejam colocadas em prática.
Mudanças climáticas em destaque
O tema é extremamente relevante, especialmente se considerarmos os efeitos negativos das políticas energéticas atuais, que ainda incluem a queima de fontes de energia fóssil e suas emissões, responsáveis pelo efeito estufa e aquecimento global. Não há dúvida de que o uso de energia é necessário para a vida e as mais diversas atividades econômicas, mas é essencial avaliar o impacto dos recursos não-renováveis no meio ambiente e no clima.
A queima de combustíveis fósseis no transporte ou em atividades industriais é uma das maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono. O uso de tais fontes de energia, conforme o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), causa o aumento de 1,5ºC a 2ºC por ano, o que pode comprometer a ordem econômica e social mundial atual.
As regras para redução de emissões foram estabelecidas pelo Acordo de Paris e o Protocolo de Quioto, que estabeleceram metas obrigatórias de redução de emissões para 36 países industrializados e a União Europeia.
Negociações oficiais
Para a realização da COP-26, os países signatários do Acordo de Paris deverão apresentar dados sobre a evolução das ações necessárias para o comprimento de metas, bem como propostas mais rígidas para reduzir as emissões até 2030.
As negociações oficiais começam duas semanas antes da COP-26, sendo que as questões são inicialmente discutidas pelos funcionários de cada governo, depois pelos chefes de estado. Dentre os temas em debate este ano estão:
Coalizões e alianças
O Reino Unido, que preside a COP-26, estabeleceu cinco ações prioritárias para a conferência:
Confira a importância da COP-26
Com a pandemia do novo coronavírus e suas consequências financeiras, a recuperação econômica global é fundamental. No entanto, as nações devem priorizar o desenvolvimento sustentável, minimizando os impactos climáticos e ambientais.
Assim, antes de sua realização, todas as nações integrantes do pacto devem apresentar o estágio de cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris e revisar os próximos passos da transição energética.
Em fevereiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a COP-26 é “um marco crítico nos esforços para evitar uma catástrofe climática.” Nela, todos os países devem apresentar contribuições mais ambiciosas, com metas claras até 2030.